OTHER TYPES OF WORKS

  • 09-1993-capa-economic-reforms-in-new-democracies
  • 10-1998-capa-reforma-do-estado-para-a-cidadania
  • 01-2021
  • 12-1982-capa-a-sociedade-estatal-e-a-tecnoburocracia
  • 17-2004-capa-em-busca-do-novo
  • capa-novo-desenvolvimentismo-duplicada-e-sombreada
  • 01-2021-capa-new-developmentalism
  • 13-1988-capa-lucro-acumulacao-e-crise-2a-edicao
  • 10-1999-capa-reforma-del-estado-para-la-ciudadania
  • 2006-capa-as-revolucoes-utopicas-dos-anos-60
  • 05-2009-capa-globalizacao-e-competicao
  • 05-2010-capa-globalixacion-y-competencia
  • 03-2018-capa-em-busca-de-desenvolvimento-perdido
  • 11-1992-capa-a-crise-do-estado
  • 02-2021-capa-a-construcao-politica-e-economica-do-brasil
  • 05-2010-capa-globalization-and-competition
  • 16-2015-capa-a-teoria-economica-na-obra-de-bresser-pereira-3
  • 08-1984-capa-desenvolvimento-e-crise-no-brasil-1930-1983
  • 09-1993-capa-reformas-economicas-em-democracias-novas
  • 04-2016-capa-macroeconomia-desenvolvimentista
  • 2014-capa-developmental-macroeconomics-new-developmentalism
  • 15-1968-capa-desenvolvimento-e-crise-no-brasil-1930-1967
  • 07-2004-capa-democracy-and-public-management-reform
  • 06-2009-capa-construindo-o-estado-republicano
  • 05-2009-capa-mondialisation-et-competition

Reforma política

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Nota no Facebook, 10.8.2017


O Brasil precisa de uma reforma política. O sistema eleitoral existente (voto proporcional com listas abertas) é adequado para países pequenos e muito desenvolvidos, como os países escandinavos. Em um país grande como o Brasil, dá origem a um parlamento sem representatividade, formado principalmente por parlamentares ou ricos ou corruptos, e torna o presidente eleito sem a maioria necessária para governar. Os dois critérios fundamentais de uma reforma política que faça sentido para o Brasil são barateamento das campanhas e governabilidade – esta entendida como o fato de o partido que ganha a eleição presidencial eleger um número de deputados substancialmente maior do que a proporção de votos que o partido recebeu.

Ontem a Comissão da Câmara que analisa a reforma política aprovou o distritão, que não resolve nem o problema da governabilidade nem o da redução dos custos das campanhas. E resolveu este segundo problema com um orçamento de R$ 3,6 bilhões.

É essencial que o problema da governabilidade seja enfrentado. O presidente não pode ser obrigado a “comprar” os parlamentares para conseguir aprovar seus projetos de lei. A forma mais simples e segura de aumentar a governabilidade é instaurar o voto distrital, que é adotado em praticamente todas as grandes democracias do mundo. Mas, como distorce de forma excessiva a proporcionalidade, a alternativa ideal é o sistema distrital misto, que a Alemanha adota desde o após-guerra: o eleitor vota no candidato do distrito e no partido, sendo 50% dos deputados eleitos por distritos e 50% pelo voto proporcional em listas fechadas apresentadas aos eleitores pelos partidos políticos.

Adicionalmente, é preciso estabelecer cláusula de barreira para reduzir o número de partidos.