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Frente democrática e Fernando Haddad

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Nota no Facebook, 12.10.2018

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Nada é mais urgente para o Brasil do que a formação de uma grande frente democrática em torno de Fernando Haddad. Esta é a única maneira de evitar o imenso risco que representa a candidatura Bolsonaro – um político de extrema-direita que defende a ditadura militar e a tortura, e nada sabe de economia.

A economia brasileira está semiestagnada desde 1980, mas avançou um pouco na área social e no plano democrático. Para isto contribuíram os presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Eles, porém, não lograram levar o país a retomar o desenvolvimento.

Agora temos um candidato que tem todas as condições de governar em nome de uma frente democrática e não em nome do PT. E que tem uma proposta para superar a crise fiscal brasileira, reduzir a taxa de juros e fazer a taxa de câmbio flutuar em torno de equilíbrio – três políticas macroeconômicas que são uma condição indispensável para a retomada do desenvolvimento.

Eu compreendo que as pessoas de centro-direita prefeririam um candidato como o Alckmin ou o Amoedo, que não tem um plano de tornar o imposto de renda mais progressivo no Brasil. E que provavelmente duvidam da capacidade de Haddad de adotar as três políticas macroeconômicas fundamentais. A única coisa que posso dizer para essas pessoas é que conheço bem Fernando Haddad e posso assegurar que ele está comprometido com essas políticas e tem capacidade de montar uma equipe para torná-las realidade.